O Benfica tinha nestas épocas de crise profunda um conceito muitíssimo interessante de contratações no mercado interno, enquanto outros acertavam em cheio em reais mais valias o Benfica insistia na contratação de jogadores que ao chegarem ao clube atingiam demasiado cedo o ponto mais alto da sua carreira, muitas vezes sem capacidade para competirem numa equipa com necessidade de ganhar sempre.
Sérgio Nunes é o típico caso de jogador que teria lugar em qualquer equipa que lutasse pelos lugares do meio da tabela, nunca numa equipa que lutava (lutaria?) por títulos.
Depois de uma primeira época onde Jupp Heynckes fez por render as desastrosas contratações que teve, Sérgio Nunes conseguiu ainda jogar em 17 partidas do campeonato português, algumas delas como Defesa Esquerdo (!?), acabando por desaparecer aos poucos da equipa. Na sua segunda época ao serviço do clube, apenas 3 jogos no campeonato, todos como suplente utilizado (Curiosamente entrou na jornada de abertura e também na última jornada, o Benfica não venceu nenhum dos dois).
Algumas qualidades haveria de ter Sérgio Nunes como Central, parece-me que não restam dúvidas que não tinha qualidade nenhuma como defesa esquerdo, lugar que o Alemão Heynckes lhe reservava.
Sem acusar as duas épocas na Luz, voltou ao circuito normal, de onde não deveria ter saído, ingressando no Santa Clara e depois no Desp. das Aves onde ainda se encontra. Antes de chegar ao Benfica passagens por Leixões, Desp. Aves e U. Leiria.
E caso estejam a perguntar-se, SIM, Sérgio Nunes também marcou um golo ao Benfica, precisamente no ano anterior á sua vinda para o clube, marcou o golo do empate do Leiria aos 89 minutos, num jogo que terminou 1-1.